Ruta 3

Ruta 3
Chegando em Ushuaia a Cordilheira se apresenta

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Salta a Corrientes Ruta 16

As cores de nosso pais e a divisa com a Argentina


Imagens do GPS mostrando o Rio Parana e a divisa como Paraguai.


Imagens da "Ruta Reta"


O Nascer do sol com céu avermelhado, indicava que teríamos chuva durante nosso trajeto.


Salta a Corrientes Ruta 16
É um longo trecho com uma reta de mais de 500 km. Quem já foi sabe, e quem não conhece e quiser conferir veja o traçado da Ruta num mapa. Parece que pegaram uma regua e fizeram um risco. Creio ser o trecho reto mais longo que já fizemos.
O que chama a atençāo é que nao há muita coisa nele - cidades, postos, enfim uma infra estrutura que possa te atender.
O alerta é para novamente, a falta de combustiveis, principalmente a gasolina. Muitos postos estão fechados com placas dizendo " no hay nafta / gasoil". Apesar de termos uma boa autonomia e também galāo reserva, tomamos a precauçāo de parar em todos os postos e na medida do possivel garantir nosso abastecimento. Nestas condiçoes, muitos postos tambem nao aceitam pgto com o cartao de debito, somente " efectivo" que é dinheiro.
A Ruta verdadeiramente nao é uma "Brastemp", muitos trechos com remendos, depressões e sem faixa de sinalizaçāo no asfalto, sem contar que nao há acostamento pavimentado.
Um fato hilário foi nos pararem para fumacear os pneus do carro numa suposta prevençao contra a dengue. Ficamos pensando: será que algum descendente/parente mosquital da dengue consegue sobreviver grudado num pneu que está em alta rotação e aquecido? Aceitamos opiniões e colaboraçoes cientificas a esse respeito.
É importante dizer que neste trecho não há lugar para comer, por isso ter àgua e lanchinho a bordo é questão de sobrevivência. Não vou falar sobre os banheiros....
A policia rodoviária nos parou, verificou doctos, seguro e nos indagou sobre a viagem, de onde vinhamos se gostamos etc. Quando isso acontece, geralmente comentamos que estivemos em Ushuaia; impressionante como causa interesse e respeito da parte deles.
Chegamos tranquilos em Corrientes e entramos na Ruta 12 - aquela que nos levaria para nosso país, para perto novamente daqueles que lembramos tanto durante varios momentos : a nossa familia. Para percorrer os 600 e tantos km, teríamos como companhia o país vizinho - o Paraguai - nos acompanhando até a fronteira de Foz do Iguaçú.

Salta

Catedral de Salta



Funcionarios da Concessionaria que nos atendeu, na foto com a Lucinha e Cicero






Salta
Uma passagem por esta cidade definitivamente vale a pena. Uma das cidades argentinas mais bonitas que conhecemos, com varias praças, feirinhas de artesanato, prédios historicos bem conservados e iluminados - o que dá um charme especial-, um povo simpático e acolhedor. Cafés com suas mesas e cadeiras nos calçadões e as pessoas na rua aproveitando tudo isso.
Nao podemos deixar de mencionar a Catedral de Salta. Uma construçao belissima que nos lembrou as Igrejas italianas. Uma suntuosidade, muito bem cuidada, conservada, limpa e acolhedora. Não um templo somente turistico, mas um verdadeiro lugar de oraçao e contemplaçao. O belo tembém pertence à Deus. Há vários registros escritos em suas paredes contando sobre os fortes terremotos que acometeram Salta e a proteçao e bençao que o povo recebeu. Sem duvida, um lugar para nao deixar de visitar.
Em Salta permanecemos mais do que havíamos programado. Em um posto onde abastecemos nos preparando para seguir viagem, o frentista por engano colocou gasolina ao invés de diesel em nosso carro. A sorte foi ter percebido antes de ligar o motor e sair do posto. Resultado: um dia a mais. Tivemos que levar a Pajero Full numa concessionaria Ford que atende veiculos mit, e tirar o tanque para que pudesse ser esvaziado totalmente e limpo. Verificamos tambem o filtro de combustivel para certificar de que nao estava contaminado com gasolina. O pessoal da Ford de Salta nos atendeu muito bem. Prestativos, nos acolheram inclusive guardando nossa bagagem até o carro ser liberado. Um agradecimento especial para Nahim que inclusive foi no posto que cometeu o erro e exigiu que nos dessem o combustivel correto como uma compensaçao. No primeiro momento concordaram em encher todo o tanque, depois nos deram 60 dos 90 litros que tem nossa Pajero. Essa brincadeira nos custou um dia a mais de hotel, 30 litros de combustivel, e o conserto que ficou em 570 pesos. Por causa deste atraso, parte do grupo achou por bem seguir viagem.
Uma narraçao especial vou fazer com relaçao à este assunto - Postos de combustiveis e abastecimento:
Na Argentina e Chile os combustiveis sao conhecidos de difentes formas para nós. O correto para diesel em espanhol é Gasoil (que parece gasolina para os brasileiros). algumas bandeiras utilizam a marca de "diesel"para gasoil. Os postos YPF denominam o gasoil como D-Euro e Ultra diesel XXI.
Para gasolina a denominaçao é Nafta. Que pode ser conhecida tambem por Super, Ultra e Premium ( graduaçao 2, 2 aditivado e 3 respectivamente). Já o Chile normalmente chama a gasolina pelo grau de octanagem. Sao eles: 93,95 e 97.
Para simplificar, na Argentina e Chile diesel é gasoil. Se quiser gasolina peça nafta.
Com todo esse conhecimento em nomenclaturas adquiridos em km de estradas....Caimos na cilada. Sempre que abastecemos ficamos ao lado conferindo a bomba, o valor e tipo de combustivel que estao colocando. Numa pequena distraída.....
A mania nacional de argentinos e chilenos é derramar o combustivel no carro ao completar o tanque. Eles nao se preocupam com isso e somos nós quem temos que limpar. Ainda, por 5 vezes esqueceram de devolver a tampa do tanque. Portanto, olhos abertos e atentos quando for abastecer nesses países. Tivemos sorte em perceber "in loco" o erro, poderiamos ter perdido o motor de nosso carro.
Saímos de Salta no anoitecer e por indicaçāo do pessoal da Ford nos dirigimos à pequena cidade de Joaquin V Gonzales (220 km de salta em direçao a Corrientes). É uma pequena cidade que oferece hotel. Não tem nada turistico neste local, mas as hospedagens geralmente estão lotadas por causa da quantidade de turistas que passam por aqui.
Abs
Adv Way

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Cafayate












Cafayate
A cidade de Cafayate é ponto de partida para quem deseja apreciar a segunda região vinícola mais importante do país, não perdendo em nada para a primeira que é Mendoza. A cidade fica há uns 190 km de Salta, em direçao à Cordilheira. A estrada que nos leva até lá é um verdadeiro presente. Apesar de um pouco cansados, resolvemos encarar esta oportunidade e conhecer a Quebrada das Conchas, os vinhedos e a charmosa cidade rodeada de restaurantes, bodegas e lojinhas de artesanato. Além de um bom vinho degustado nas vinicolas, provamos também a cerveja Salta. Uma pena só ter naquela região, pois é muito boa.
As bodegas são acolhedoras e preparadas para receber os turistas.
O dificil foi segurar o queixo no percurso até Cafayate. A estrada é linda, e a cada momento a Cordilheira nos reservava surpresas diferentes. Nào é por menos que algumas cenas do filme Guerra nas Estrelas foram feitos naquela região. Algumas pessoas já haviam nos falado que era imperdível e comprovamos que tinham razão.
Mais uma para nosso curriculo.
Abs
Adv way

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Paso de Jama

O Paso de Jama é a ruta que atravessa o altiplano andino fazendo a ligação entre Chile e Argentina. Todo seu trajeto é de asfalto muito bom e de quebra vc ainda ganha paisagens delirantes. O tempo inteiro você viaja em altitude - acima dos 4 mil metros em sua maioria. O frio é inevitável mesmo no verão, mas muito bem suportável.
De vez em quando encontramos com outros viajantes pelo paso, mas é quase como uma viagem "solitaria nas alturas". No Chile a aduana está concentrada na cidade de San Pedro e na parte argentina a aduana está na ruta mesmo. Sair cedo e atravessar o Paso de Jama é o ideal, pois certamente você irá parar para tirar fotos, apreciar sem pressa o lugar e conforme o veiculo, deverá fazer a subida devagar respeitando os limites e sinais do carro.


As surpresas do Paso de Jama:
Quebrada de Humahuaca, O imenso salar e os cactos gigantes














Aduana Argentina e algumas imagens do Paso que nos leva ou nos tira do deserto.










Despedida San Pedro

Novamente levantamos cedo, desta vez para nos despedirmos de San Pedro. A cidade ainda adormece e nossos adventures com disposiçao e um friozinho típico - impressionante essa alternância de temperatura aqui - desmontaram o acampamento. Por indicaçao de nosso guia, fizemos a aduana chilena no dia anterior. Com isso pudemos sair cedinho - pois a aduana abre as 8 horas - e assim subir o Paso de Jama com tranquilidade a fim de poupar os carros. O amanhecer nas montanhas foi bonito. Por um instante pensei em tudo que vimos, vivemos e aprendemos neste lugar. Boas lembranças, eternas liçōes...
No meio da Ruta um flamingo. Teria ele vindo se despedir? O Licancabur refletia os primeiros raios de sol; nâo dissemos adeus, mas um até breve quem sabe!
Subimos aos poucos e logo atingimos os 4835 metros, creio ser o mais alto atingido por nós. A altitude já não nos incomodava, viajamos um bom tempo com mais de 4 mil metros e nem sentimos. E pensar que no Parque do Aconcágua com 2500 metros já sentíamos os efeitos.
O Paso de Jama faz a travessia entre chile e Argentina através do altiplano Andino. É uma estrada nova, com apenas 12 anos. Possui asfalto muito bem conservado em toda sua extensão e proporciona uma visão dos deuses aos viajantes. De vez em quando cruzamos com outros aventureiros, podemos dizer que é uma estrada solitária nas alturas. De San Pedro até a fronteira e aduana argentina são aprox. 169 km. A aduana foi tranquila, ainda mais para nós que "madrugamos", e não pegamos ninguem na nossa frente fazendo os trâmites aduaneiros. Há um posto YPF logo em seguida, bom para garantir combustiveis e lanchinho.
Jama reservava para nós a beleza dos cactos gigantes, a surpresa do imenso salar onde fizemos inúmeras brincadeiras e a excentricidade da Quebrada de Humahuaca. E nós que pensávamos que os Caralores eram bonitos...
Vou explicar: os Caracoles chilenos impressionaram pela obra de engenharia, Humahuaca seduziu pela beleza do lugar, pela paisagem, por tantas cores e tons das montanhas e vales.
Uma parada em Purmamarca já era previsto, afinal nesta porçao norte da Argentina nos reserva grandes visōes e não poderíamos deixar de ver o "Morro das Siete Colores".
Já com a paisagem bem assemelhada à do Brasil, nos dirigimos à Salta - capital da Província.
Abs
Adv Way