Ruta 3

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Chegando em Ushuaia a Cordilheira se apresenta

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Mal de Puna ou Mal de Altitude

Muito havímos lido sobre os efeitos da altitude. Confesso que tinha um certo receio de nossa parte, principalmente quanto aos passeios que exigiriam subir as montanhas como os Geiseres El Tatio. Para garantir nosso bem estar, levamos cilindros de oxigênio, e estávamos preparados para mascar "caixas e caixas" de folha de coca se necessário. Nosso primeiro contato com a altitude foi no Parque do Aconcágua na travessia dos andes: Mendoza/Argentina sentido Chile. A sensação era estranha: uma leve dor de cabeça e enjôo, e o corpo parecendo que não nos pertencia (literalmente). Em comparação ao que ainda faríamos a altitude era baixa, cerca de 2400 a 2900 metros. Talvez pelo momento, pela euforia do lugar, isso foi facilmente deixado de lado e permanecemos bem de um modo geral. Já em San Pedro de Atacama, onde a altitude é de cerca de 2400 metros, nossa preocupação maior seria com o altiplano andino, onde sabíamos que as melhores paisagens nos esperavam. Tivemos sorte de termos um guia "super vitaminado, expert e sabedor das coisas". Novamente ele, o Nicolas Cage do Deserto.
Em nosso primeiro passeio, o super guia nos deu uma aula sobre o Mal de Puna e nos explicou como amenizarmos os sintomas. Ai vão as principais e valiosas dicas já mencionadas em texto anterior, mas que vale a pena repetir:
- Não beber nenhum tipo de bebida alcóolica(essa parte foi dura rsrsrs), no dia em que antecede a sua ida às montanhas. Um copinho de cerveja pode, mas resolvemos não tomar nada;
- Não comer carne e ou comida "pesada";
- Não comer doces;
- Andar devagar, sem correr, e cuidar para não abaixar/levantar bruscamente a fim de evitarmos o mal estar;
- Durante a permanência na altitude tomar muita água em pequenos goles;
Ainda pela manhã antes de sairmos para os passeios nas montanhas, comíamos pouco ou quase nada. O motivo: não podíamos estar com o estômago cheio/pesado, com o sangue concentrado na digestão.
Com todos esses conselhos e seguidos a risca pelo grupo, pudemos desfrutar do que o deserto do Atacama tinha reservado para nós. Não usamos o oxigênio (vale lembrar que o aluguel desses cilindros não é barato), apenas uma aspirina vez ou outra e posso garantir que passar pelos 4835 metros no Paso de Jama foi "mole".
Perguntamos ao guia qual a maior dificuldade dele na profissão e ele nos disse que eram as pessoas. Pois ele procurava ensinar, avisar e prevenir , mas boa parte não seguia as dicas e o mal de Puna era inevitável inclusive com desmaios.
Valeu Mauricio da Nômade. Nosso guia Hollywoodiano que carinhosamente chamávamos de Nicolas Cage - grande sabedor das coisas, das historias e com um grande conceito de respeito pelos povos que habitaram o Atacama. Isso foi legal e nos contagiou!
Abs
Adv Way

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